Com a intenção de contribuir com o debate sobre a gestão dos recursos hídricos e a garantia dos usos múltiplos das águas, foi realizado na UNEB, em Ipiaú, nessa última segunda-feira (9), a oficina de diagnóstico para elaboração do Plano de Recursos Hídricos e da proposta de Enquadramento dos Corpos de Água da Bacia Hidrográfica do Rio das Contas.
Créditos: banco de imagens do sxc.hu
O evento foi permeado nas temáticas, enquadramento, má gestão e problemas ambientais.
Hélios Medeiros, engenheiro ambiental, ressaltou que o evento foi importante “para perceber a participação popular e também pela abertura de espaço para dialogar sobre os problemas que envolvem a bacia hidrográfica do Rio de Contas”.
Iniciativas
A ação foi organizada pelo Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), juntamente com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Contas (CBHRC).
O coordenador dos recursos hídricos do Inema, José George, apontou a característica da oficina para identificar os problemas.
“É um diagnóstico que retrata a Bacia do Rio de Contas para conhecer os problemas físicos, bióticos e meio socioeconômicos. Além de Ipiaú, já realizamos as oficinas nas cidades de Abaira, Livramento de Nossa Senhora, Caculé, Anagé, Jequié e Boa Nova”, ressaltou José.
Além das oficinas, serão realizadas ainda três consultas públicas e algumas reuniões com o comitê da Bacia do Rio de Contas para deliberar as ações.
Ainda de acordo com José George, o diagnóstico deverá está pronto no primeiro semestre de 2015.
“Depois do diagnóstico completo da Bacia hidrográfica, vamos idealizar uma agenda dos programas e projetos, quanto custa cada iniciativa, quem serão os responsáveis para a implantação, se serão as prefeituras, os órgãos públicos Federal, Estadual ou Municipal. As ações serão de curto, médio e longo prazo a depender das necessidades prioritárias”, concluiu José.
Educação ambiental e poder público
A professora e bióloga, Lucy Lima, advertiu que a água é um recurso natural importante para a vida dos seres vivos, mas que é preciso conscientização e união de todos para salvar a bacia do Rio de Contas.
“Temos a responsabilidade de sermos seres pensantes para cuidar da água, fazer um diagnóstico da Bacia do Rio de Contas é um passo importante. No entanto, é necessário que exista um trabalho de educação ambiental, conscientização e união de todos. É preciso também que existam trabalhos das secretárias e ministério público, para então, salvar os rios”,pontuou Lucy.
De acordo com o IBGE,a Bacia do Rio de Contas é a maior bacia hidrográfica inteiramente inserida na Bahia, possui uma área de 55.483,0 km2, abastece cerca de um milhão e duzentos e quarenta e duas mil pessoas (1.242.000), em 96 municípios.
Vicente Andrade
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