
Quando o Cantautor lança um disco, nos perguntamos e analisamos o que tem de melhor nas canções e o que nos identificamos. Não é diferente, mas em vários contextos devemos agir racionalmente, mesmo diante do Silêncio.
O Silêncio também é uma forma de expressão diante das mazelas, erros, evoluções e conquistas. “ O silêncio está a salvo na aldeia”. E quando buscamos a todo o tempo o encontro consigo realmente não temos respostas.
Mesmo depois da queda, o aprendizado persiste e persevera, mas o que fazer? Quando o “ espírito me trouxe pra terra, pra essas estranhas confusões”.
No instante da vida que interpretamos, há de se entender que as correntes que o prende com o objetivo de se libertar, fluem os “poemas regados na pele por alfinetes, cortes sorrindo ao sol”, traduz o que sentimos.
O caminho é longo, mas se torna perto quando existe sabedoria do continuar. E o espelho quebrado em pedaços condiz com a bagunça e o rejunte, o alimentar a alma. E assim, “ o espírito me trouxe pra terra. Ainda confuso e solitário. Por poucos à beira de mim quase quis o meu fim, sem fé e nem feliz”.
Ainda bem que é por pouco e tem a consciência que só chegou a beira, pois o chão não se abre só, tende a se recuperar, mesmo em silêncio, mesmo sem saber o que dizer ao presente e futuro. O simples é viver.
Nada melhor que entender o coração e apontar o caminho, a beleza, o agora. E no desencontro existe um encontro, nunca deixou de existir. È só um modo de olhar. As vezes as palavras viram espumas no vai e vem e são nelas que deparamos com as experiências da redenção.
É preciso quebrar a gaiola e a corrente para se libertar. “ No encontro desses descaminhos desponta o alvo. Ele sempre esteve lá”.E os que não enxergaram ainda, há tempo de juntar as bagunças e se orientar. E os que viram a saída e não lutaram, não devem se lamentar porque não há relógio para isso.

Integrantes da banda esquerda para direita Ayam, Ismera, Edmilson e Netão
E “mesmo pra os que não souberam ver, mesmo pra os que não quiseram ver”, não existem desculpas, pois, “ quem irá alegar inocência?” Por não seguir a saída posta?
Daí “mas o que direi às flores pisoteadas? O silêncio está a salvo na aldeia”.
A canção, O silêncio é a primeira música do disco Partir o Mar em
Banda, do filósofo, artista plástico e músico, Ayam Ubráis Barco. Após lançar dois clipes, O quintal e A bicicleta, o cantautor lançou mais uma obra. Desta vez O Silêncio obteve a graça e se transformou num clipe.
A produção do vídeo foi promovida pela Voo Audiovisual e Isaias Neto Cinewedding, amos produtores e cineastas filhos de Ipiaú que vem se destacando pelos trabalhos de cinema no Brasil.
Vicente Andrade
assista aos clipes:
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