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Charge Brasil de Fato |
A Anistia Internacional de
todo o mundo apresentou um relatório na última semana destacando que o Brasil
vive uma crise de segurança pública.
Não é por menos que o
documento abordou o crescimento de homicídios no país, assim como, a alta
letalidade nas operações policiais realizadas em favelas e territórios de
periferia.
Além dessas mazelas, o
relatório também destacou o uso excessivo de força policial nas manifestações
de junho do ano passado, no protesto contra a copa do mundo.
Outro fator citado foi o
motivo das rebeliões com mortes absurdas de violência nos presídios superlotados.
São esses episódios que destacaram que a segurança pública do Brasil precisa de
atenção especial por parte das autoridades.
Casos
e números
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Foto reprodução
O documento expressa a
situação de insegurança pública devido aos principais acontecimentos de
2014.
O protesto contra a copa do
mundo foi marcada com violência extrema, pois, milhares de manifestantes foram
detidos e cercados arbitrariamente pela força policial. O caso também se
estendeu para jornalistas que foram agredidos.
Esse é um país democrático e de oportunidades que queremos?
Esse é um país democrático e de oportunidades que queremos?
De acordo com o relatório, a polícia não está preparada para assegurar
os direitos essenciais para garantir a democracia, a liberdade de expressão e a
manifestação pacífica.
Atila Roque que é diretor da Anistia Internacional no Brasil ressaltou que:
“Cultivamos a ideia de um país pacífico, mas convivemos com números de
homicídios que superam, inclusive, situações onde existem conflitos armados e
guerras. É inadmissível que haja cerca de 56 mil vítimas de homicídios por ano,
a maior parte composta de jovens”, concluiu Atila.
Conclusão
A opressão policial acontece
no Brasil desde a invasão da colônia portuguesa até os dias atuais. Foram usadas
armas e repressão para calar o povo. A culpa não é só dos policiais e sim dos governantes
que não querem assumir responsabilidades para melhorar a condição de vida dos
trabalhadores.
Querem instalar o medo na
população e para isso é usada a força policial para deter a manifestação de um
povo que luta por direitos e liberdade.
Para resolver o problema, o
relatório anual da Anistia internacional criou metas para o Brasil, são elas:
- Que seja elaborado um plano nacional de
metas para a redução imediata dos homicídios, em articulação entre o governo
federal e governos estaduais;
- A
desmilitarização e a reforma da polícia, estabelecendo mecanismos efetivos de
controle externo da atividade policial, promovendo a valorização dos agentes,
aprimorando sua formação e condições de trabalho, assim como as técnicas de
inteligência para investigação.
- A
implementação plena de um programa de defensores de direitos humanos, que
proteja lideranças nos campos e nas cidades e promova ampla discussão sobre a
origem das violações que os afetam;
A
Anistia Internacional trabalha com o tema da segurança pública no Brasil há
muitos anos, em parceria com atores da sociedade civil e de instâncias do
governo. Um exemplo foi o lançamento da campanha Jovem Negro Vivo em novembro
de 2014, que tem como objetivo desnaturalizar os números da violência no Brasil
e promover a reflexão sobre o que pode ser feito para muda-los.
Mais informações pelo link:
Vicente Andrade
Informações/ anistia.org.br
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