Qualquer município que tenha
uma população pequena referente a uma metrópole ou capital, tende a sentir uma
necessidade maior ou um suporte que ofereça novas informações que condiz com a
realidade local.
Infelizmente a maioria dos
meios de comunicação, principalmente sites de noticias pregam aquilo que
chamamos de sensacionalismo.
Dizem que da audiência. Pode
até ser, mas, quais informações são necessariamente importantes para cada um de
nós? Qual o sentido das notícias de violência para nós?
Ultimamente os sites que são
mais acessados apresentam cenas horríveis de acidente de carros, motos,
assassinatos, homicídios, enfim, informações que não acrescentam nada de
interessante para a comunidade a não ser o medo.
Já pelo outro lado, mostra
como a violência tem crescido e também como a vida humana está “barata” a ponto
de vivermos com certo receio um dos outros. A condição do medo tende a ser
normal porque os veículos de comunicação, que serve de informação, condiciona
apenas a morte como um dos fatos mais importantes.
No mundo desigual e desumano
em que vivemos é muito fácil culpar alguém, mostrar a imprudência e as mazelas,
mas, também, ninguém observa a desigualdade que persiste. Os sites de
informações não trazem uma perspectiva reflexiva e cada vez mais consegue
desvirtuar a mente do leitor.
Ao invés de informar os
caminhos para a melhoria e conquistas dos direitos, apenas compactua com a
miséria alheia e a ligação política.
Os furos de reportagens são
frequentes quando acontecem um acidente de carro ou um assassinato. E sem dó e
piedade infligem o direito de imagem da pessoa que muitas vezes não teve acesso
a uma escola de qualidade, que vive em conflitos econômicos que impossibilitam
o acesso a saúde, a moradia, emprego, alimentação e todos os direitos que são
reservados na carta constitucional de 1988.
O
debate
A condição é explicar o porque
dos crimes, pois, são piores, aqueles que negam o direito popular de acesso
igualitário. E isso tem condição de concretizar? Claro que sim, o que precisa é
de ética e responsabilidade com a comunicação.
Os interesses particulares
estão desviando o povo para um celeiro de medos e não de consciência. De
manipulação, subserviência, ao invés de liberdade.
A pergunta é o seguinte,
quem são os criminosos de verdade? Os que vivem a margem da pobreza e buscam
caminhos para o consumismo ou aqueles que estão no poder e roubam bilhões para benefício
próprio?
Um não justifica o outro, mas se a distribuição de renda, o acesso a
escola e as oportunidades fossem mais igualitárias, o mundo não seria esse caos
que vivemos.
Vicente Andrade
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