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Foto AG Brasil |
As
organizações não Governamentais (ONGs) Instituto de Reintegração do Refugiado
Brasil (Adus) e a plataforma social Atados, por meio do projeto Abraço Cultural,
estão ensinando a estudantes brasileiros os idiomas e apresentando a cultura em
curso de Árabe, inglês, espanhol e Francês.
Os professores
são refugiados que estão no Brasil para fugir da guerra que os países enfrentam.
O congolês Alphonse Nyembo, 29 anos, é
um dos professores de inglês. O mesmo fala francês, chegou ao Brasil em 2012.
“É bom
esclarecer e falar um pouco da cultura africana, da culinária, de muitas
danças, que variam de país para país”, ressaltou Nyembo.
Já a Nour
Massoud, que veio da Síria, passou pela Jordânia e pela Inglaterra, até chegar
ao Brasil. Nour não fala português, mas já aprendeu algumas palavras na
primeira aula do curso, na última segunda-feira (6).
Ela contou que a Síria não
é um lugar seguro por causa da guerra. Sua família continua lá, mas ela não tem
planos de voltar a viver no país.
A
coordenadora do grupo de inglês do projeto, Blandiny Ferrari, explicou que um
dos objetivos do curso é quebrar barreiras entre refugiados e brasileiros,
promovendo a troca de experiências, a geração de renda e a valorização pessoal
dos professores.
“Hoje, temos
muitos refugiados chegando e as pessoas têm a ideia de que eles não vão
produzir nada. A meta é trazê-los para a nossa sociedade, queremos ajudá-los
antes de mais nada.” Frisou Blandiny.
De acordo
com o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), em outubro de 2014, havia
7.289 refugiados reconhecidos no Brasil, de 81 nacionalidades, incluindo
reassentados. Os principais grupos vêm da Síria, Colômbia, de Angola e da
República Democrática do Congo.
Vicente Andrade
Informações Brasil de Fato
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