Na sessão da câmara dessa
terça-feira (23) foi enriquecedora para entender o quanto a união da comunidade
pode conseguir benefícios significativos para conquistar direitos.
No primeiro momento, Ananias
filho, presidente da Associação
dos Moto-taxistas foi até a câmara explicar e pedir apoio dos vereadores para
aprovação do projeto que vai beneficiar a classe dos trabalhadores
moto-taxistas. No total todos os vereadores se prontificaram a ajudar.
O Cetep
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Gilvânio Zifirino diz que o Cetep está abandonado |
A
discussão que tomou a maior parte do tempo foi a falta de transporte gratuito
para os estudantes do Cetep de Ipiaú.
A
questão é que o governo do estado cortou a verba que garantia o serviço. Devido
a isso, os estudantes se movimentaram na última semana e bloquearam a BR-330 para
chamar atenção das autoridades. Além disso, os estudantes juntamente com os
pais foram até o ministério público cobrar os direitos. Até então tudo certo,
conseguiram o transporte.
Por outro lado, como a burocracia do nosso
País é um processo que dificulta o andamento das conquistas dos direitos, os
estudantes podem ficar entre 30 a 90 dias no prejuízo até que o serviço volte a
funcionar. Fora isso, os alunos já perderam 15 dias de aula.
Para
sanar o problema o diretor do Cetep, Gilvânio Zifirino Neto, pediu o plenário da
câmara de vereadores para expor o problema para os Edis e conseguir o
transporte até a situação ser regularizada. Todos se prontificaram a ajudar.
Gilvânio
também anunciou que foi marcado para esta quinta-feira (25), uma reunião com o
prefeito para tomar decisões cabíveis. Enquanto isso, os estudantes estão sem
ir para a escola.
De
acordo com Gilvânio a discussão na câmara foi importante para somar forças.
“Essa
reunião foi salutar para adquirirmos forças e solucionar o problema do
transporte. Imaginamos que isso venha acontecer, vamos esperar a reunião na
quinta-feira com o prefeito para ver se vamos consolidar” afirmou Zifirino.
Ainda
de acordo com Gilvânio, “o Cetep também passa por diversos problemas estruturais
de energia, água e internet que precisam ser sanados de modo eficiente”. Gilvânio
ainda complementou que o Cetep está abandonado.
A união faz a força
Sem
sombra de dúvida é necessário que a população entenda a importância da união
para conquistar direitos e efetivar a democracia.
O
governo do estado cortou a verba que garantia o transporte público gratuito dos
estudantes da rede do Cetep. O impressionante é que mesmo sabendo que é um direito
fundamental para os discentes, os governantes fazem o que bem entendem.
Graças
à intervenção e a união dos pais e estudantes que interditaram a BR 330 e deram
entrada no ministério público, os mesmos, conseguiram conquistar o direito. Que
essa situação sirva de exemplo para todos.
Uma análise
O Brasil vive uma crise econômica e
principalmente política. A econômica se deu principalmente pelo roubo
descaradamente dos cofres públicos do nosso país. A questão é que o roubo foi
tanto que afetou mais ainda a população, principalmente os desfavorecidos.
Escolas sucateadas, hospitais lotados, segurança pública pedindo socorro e o
desemprego aumentando.
Corte de verba na educação, na saúde, na
segurança pública e pior ainda, aumentaram e inventaram impostos a torto e a
direita. Este é o reflexo do cotidiano. Agora, quem vai pagar a conta mesmo?
Já a crise política é a pior de todas,
primeiro, por que a política partidária inverteu os valores, ninguém mais sabe
quem é esquerda ou direita. Segundo, dificilmente enxergamos um político
interessado no bem da população e sim em benefício próprio. Cobrir o sol com a
peneira é a mesma coisa que carregar água no cesto, nada vai funcionar.
O que precisa ser feito na verdade é
humanizar a política, pois se fala muito em educação e nada é feito para
valorizar os professores, querem arranjar culpados e nada fazem para mudar o
cenário.
Ressaltam as melhorias e fazem vistas grossas
para as mazelas. Falam de democracia e justiça e esquecem de praticá-las. O que
se vê é apenas o seguinte, uns culpam o governo do estado, outros culpam o
governo do município. No fim, todos entregam as mazelas do outro e ficam
procurando culpados. A realidade é que quem sai no prejuízo sempre é o povo.
Vicente Andrade
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