A Constituição Federal do
Brasil, a nossa Carta Magna, reserva no papel direitos fundamentais para a vida
humana como direito à moradia, saneamento básico, segurança, educação e tantos
outros itens. Esses direitos, na prática,
são exercidos?
Em Ipiaú, por exemplo,
existem diversos problemas que precisam ser sanados urgentemente como, por
exemplo, a ausência de saneamento básico, a falta de atendimento e tratamento
médico o suficiente para a população e também a criação de emprego e renda.
Esses são alguns aspectos
que precisam ser vistos, principalmente agora que
estamos em tempo de crise. Mas quem sofre com a crise?
O trabalhador ou
político? Como o dinheiro público está sendo utilizado por eles? Você já parou
para analisar esse fato?
Durante a sessão da câmara
de vereadores de Ipiaú, realizada nessa quinta-feira (30), os Edis estavam
convictos e de consciência tranquila que estavam exercendo a lei e assim
votaram no aumento do subsidio do prefeito, vice-prefeito, secretários e
vereadores.
O prefeito ganhará dezesseis mil, o vice-prefeito oito mil, secretários
e vereadores sete mil e quinhentos. Os aumentos serão validados para o próximo
mandato.
O assistencialismo como prática política
Ao invés de aumentar o salário dos políticos, porque não destinar esse
dinheiro para as escolas, para os postos de saúde, para a criação de pequenas
empresas e cooperativas?
Observe quanto é o salário do professor, o do gari, do assistente social
e do trabalhador rural e depois disso, compare com o salário que é pago para os
vereadores. O aumento salarial dos
vereadores é muito maior do que qualquer classe trabalhadora. Isso é
justo? É ético?
O aumento desta vez foi de mil e quinhentos de uma só vez. Válido
ressaltar que quem paga essa conta somos nós.
Surge outra pergunta. Quem está em crise mesmo?
Um trabalhador comum tem que viver como pode e um vereador desfruta do
bom e do melhor com seus gordos salários. Além disso, a maioria usa do
assistencialismo para dizer que é bonzinho e que ajuda o povo.
Só lembrando, o assistencialismo não resolve os problemas, pagar uma
conta de água, luz, levar no médico, dar dinheiro, só são formas de ludibriar a
população e não é suficiente para estancar os problemas sociais.
Como cidadão ipiauense e formador de opinião, não posso concordar com
essa falta de vergonha e de respeito para com o nosso povo. Ao invés de
disputar o poder deveriam pensar na melhoria da comunidade.
Se um trabalhador comum consegue viver apenas com um salário
mínimo, por que o vereador também não pode?
Porque o vereador tem dois meses de férias ao ano e o trabalhador comum não?
Porque o vereador só vai uma vez por semana na câmara de
vereadores e o trabalhador comum tem que trabalhar 40 horas por semana?
Fica
aqui uma reflexão.
Recentemente foi lançado em Ipiaú o movimento de redução salarial
dos vereadores para o piso salarial dos professores. A campanha está sendo
realizada pela internet. Assine a petição e participe das discussões.
Só deixando claro que: O
objetivo do blog Vicente Andrade não é de ferir ou manchar a imagem do vereador
e sim, exercer a função de um jornalismo independente e alternativo para
contribuir com o avanço democrático e da justiça social, da cidade de Ipiaú.
É necessário que os políticos e candidatos entendam o que é
prioridade para a melhoria do nosso município. Mas ainda é possível que exista pessoas interessadas em mudar esse cenário!
Acorda, Ipiaú!
Vicente Andrade
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