Estudos do Banco Mundial apontam que o
número de pessoas vivendo na pobreza, no Brasil, irá aumentar de 2,5 milhões para
3,6 milhões, neste ano.
A maioria são adultos jovens, de áreas urbanas,
com escolaridade média que perderam seus postos de trabalho formal.
Mesmo com a transferência de renda da
bolsa família, o índice de pessoas vivendo na miséria era de 3,4%, em
2015. Ainda de acordo com informações do Banco Mundial, caso o Brasil não invista
em transferência de renda, o número de pessoas que vivem em situação de extrema
pobreza pode aumentar para 4,6%.
De acordo com dados colhidos pela
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2015, o Banco Mundial estima
que 8,7% da população, ou 17,3 milhões de brasileiros, viviam abaixo da linha
da pobreza naquele ano. Em 2015 o número de pobres já havia aumentado 1,3% em
relação ao ano de 2014.
A estatística pode até parecer pouco,
por outro lado, só quem vive nessas condições sabe das dificuldades para viver.
Além disso, é uma amostra que ainda estão excluídos dos direitos fundamentais para
a vida humana.
O Banco Mundial ainda aponta que para
manter o índice de miséria no mesmo patamar de 2015 será necessário o
investimento de 31 bilhões. Porém, o governo só possui 29,8 bilhões garantidos.
Foi o primeiro aumento da pobreza após
uma década de quedas sucessivas. E as projeções do Banco Mundial apontam que a
curva continuou ascendente em 2016 e assim permanecerá neste ano.
Para completar o cenário, segundo a
instituição, o número de pobres deve chegar a 20,9 milhões de pessoas, sendo
9,4 milhões vivendo em estado de pobreza.
Vicente Andrade
Informações do Jornal O Globo
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