
Até o momento nenhum partido politico tomou posição referente aos filiados envolvidos na lava-jato. Uns foram condenados e outros ainda estão em fase de julgamento.
Os dez partidos (PMDB, PT, PSDB,
PSB, DEM, PP, SD, PSC, PTB e PTC) pouco foram as vezes em que as comissões de
éticas dessas siglas tiveram a iniciativa de tomar alguma providência em
relação aos acusados.
No PT chegou a ser instaurado o processo de expulsão o ex-líder do
governo no Senado Delcídio do Amaral (MS), preso entre novembro de 2015 e
fevereiro de 2016, acusado de tentar comprar o silêncio do ex-diretor da
Petrobras Nestor Cerveró. O caso é que Delcídio se antecipou e pediu
desfiliação do PT antes de ser expulso.
Já no caso dos ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci e o
ex-tesoureiro João Vaccari Neto, todos presos atualmente O partido não tomou
nenhuma posição referente aos condenados. Dirceu e Vaccari já foram condenados
em primeira instância na Lava Jato.
O Solidariedade abriu processo de
expulsão contra o ex-deputado Luiz Argôlo (BA), condenado a quase 12 anos de
prisão por participação no esquema de corrupção na Petrobras. Por outro lado,
Luiz ainda continua filiado no SD. Ele segue na prisão.
Em se tratando das demais legendas,
inclusive o PMDB, o DEM e o PSDB, nem sequer cogitaram apurar a conduta ética de seus
filiados sob suspeita. Duas figuras estão atrás das grades, – o ex-governador
Sérgio Cabral (RJ) e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (RJ) –, o PMDB
sequer trabalha com a hipótese de expulsar peemedebistas enrolados na Lava
Jato.
O PP é o partido com maior bancada de
políticos investigados na Lava Jato. Entre eles, o presidente da sigla, o
senador Ciro Nogueira (PI), e o presidente da comissão de ética, o ex-deputado
Padre Linhares (CE). Nenhum dos envolvidos foram notificados pelo partido.
De acordo com o Estadão, as siglas são menos tolerantes com os casos de
indisciplina quanto à orientação partidária. Em 2003, o PT expulsou a então
senadora Heloisa Helena (AL) e deputados como Luciana Genro (RS), Babá (PA) e
João Fontes (SE) por terem votado contra a reforma da Previdência encaminhada
por Lula ao Congresso. Mais recentemente, o PR decidiu punir deputados que
votaram contra a PEC do teto dos gastos públicos.
Vicente Andrade
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