Tecer comentário ou expor a opinião
referente a um disco musical é necessário se identificar com as veias da
musicalidade. Por isso, escrevo sem medo de errar e com a pura convicção de navegar
pelas vertentes poéticas musicadas no Amaré, do cantor e compositor Marcel.
O disco intitulado de Amaré é
um abrangente hemisfério que engloba ritmos, melodias e notas simples causando
reflexões perante aos desafios que enfrentamos cotidianamente nas nossas
andanças.
Existem conflitos de
aprendizado e alegrias quando se “reconhece o recomeço”. É um sinal de explosão
numa vertente nova de expressões para consolidar o amor, então canta para “quem
tem amor, canta para quem vem amar” para embarcar numa nova senda de
conquistas.
Então, “deixa voltar, vem agora
pra ver o que tem que ser. Antes o amanhã, o nada é tão ruim” para soltar as
asas da imaginação e entender que na vida existem caminhos rasos, largos e
profundos. “O que vai ser? E o que será?
São perguntas que só você pode descobrir quando se por acaso alguém “perguntar
se estamos bem, diz a vida, fé na vida, mas a vida, bota pra ferver”.
É “você quem sabe, ainda
lembro, ainda posso escutar a sua voz e o que vai ser é o que será” sem medos
do que possa vir no tempo. O convite é de “vem saber” para descobrir o amanhã, tão
fácil, basta viver e “reviver para entender o tempo que se passa”.
E assim “encontrar um novo
lugar para um futuro novo para saber que sim”. E nada mais “se desencontrar do
mundo e de si”. Solta os metais, violões e vozes para entoar o canto do amor e
aprender e te dar o coração, mas vou deixar você pedir e eu farei tudo que você
quiser... para acabar com a solidão”.
E “hoje eu vi o mesmo. braços
levantados e muitos braços levantados”. “Todos iguais” do nu ao vestido e é
seguindo que se sabe o segredo que quis revelar. Só que “segredos nem se contar”.
E daí “vai ficar na alma e se perder” durante a vivência e passagem.
Pois “cansei de reclamar de mim,
vou curar cicatrizes e transformar meras diretrizes, Acreditar”. E “me traga
paz que eu te quero mais”. E nessa vertente nasce o coro, o coral das crianças
como “chuva que cai do céu, semente que não foi plantado, cresce o que não se
vê, fruto de galho em galho”.
E “corro para o alto, não fico
no mesmo lugar e parado acordo já maduro para amanhã”. E do incerto o certo
para viver o amor renascendo. Pois “não
tem quem possa ser mais que o coração” “para plantar um novo fim”. Resumidamente,
Amaré, Marcel. Você escuta aqui!
Vicente Andrade
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