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Pais e Mães de Santo de Ipiaú celebrando a festa do Boiadeiro (foto Vicente Andrade) |
A colonização brasileira
foi muito cruel com os índios e negros, milhares foram mortos e escravizados.
Roubaram a liberdade e a terra do povo que aqui viviam.
Portugueses, espanhóis,
holandeses massacraram sem dó e piedade e ainda levaram todo nosso ouro e
riqueza. E até hoje nada foi feito contra isso, o que restou, ficou apenas nos
livros de história.
Por outro lado, as culturas
afrodescendentes se espalharam pelo Brasil a fora. Um exemplo claro de resistência
é o Candomblé.
Em Ipiaú, a situação não é
diferente e as raízes africanas estão inseridas na cultura do
nosso município.
Há mais de 20 anos, diversos
Pais e Mães de Santo se reúnem para celebrar o dia do boiadeiro. O blog Vicente
Andrade foi convidado para conhecer um pouco dessa cultura que agrega diversas
pessoas da nossa cidade e região.
Nesse último domingo (24),
estive na Casa do Pai Nelson, na Rua 2 de Dezembro e ele explicou um pouco
sobre a celebração.
“Esta festa é um movimento culto
afro-brasileiro. Dia que temos que cultuar um Santo e Orixá. A celebração veio
da África e se espalhou pelo Brasil. Pena que ainda existem pessoas que tem
preconceito e não enxerga que defendemos o meio ambiente e socorremos as
pessoas que mais precisam de ajuda” relatou pai Nelson.
esquerda para direita (Pai Hamilton e Pai Nelson) |
Pai Hamilton Batista tem 49
anos no Candomblé e assim explicou:
“Eu conheci o candomblé aos
8 anos, quando morava na rua do sapo, a entidade baixou em mim quando estava
jogando bola e dai seguir. A nossa religião precisa de apoio para levantar os
terreiros de Ipiaú que são muitos. Tem muitas pessoas que não nos respeita. A
nossa religião prega o respeito, a humildade e também acolhe quem mais precisa.
Ainda sofremos muitos preconceitos de pessoas que não conhece a nossa religião.
E eu convido a comunidade para conhecer
nossa religião que é uma tradição religiosa. E entender que somos descendentes
dos africanos” pontuou Pai Hamilton
Vicente Andrade
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