Pessoas simples e de coração
grande tem muitas coisas para contar para todos nós. Conheci seu Manuel por
acaso e com ele conversei várias vezes sobre coisas da vida e logo ele soltou a
voz.
Um potencial de seu Manoel é
que ele está sempre com o sorriso no rosto e dissemina felicidade para quem o
encontra. Manoel nasceu em Ipiaú depois
que a mãe saiu da cidade de Nanuque (MG) e se instalou em nosso município.
“Minha mãe saiu de Nanuque para
Ipiaú e viveu aqui até o dia final de Vida. Eu nasci aqui e aqui estou até hoje.
Não conheci meu pai, fui criado apenas por minha mãe” explicou Manoel.
Manoel é morador da Rua Walter
Hollenweger (Batateira). Ele tem 58 anos e contou como era antigamente a rua
onde mora.
“Antes aqui tinha casa de
taipa, muita lama, muita animação e o povo era mais unido e de uns anos pra cá
as coisas só estão piorando. Aqui no fundo tinha muito cacau e muitas plantas e
tudo que plantava dava e por isso o nome foi colocado de rua da batateira”
frisou Manoel.
Durante a infância ele
trabalhou de auxiliar de sapateiro, auxiliar de mecânico, carpinteiro e hoje
sobrevive da construção civil.
Além disso, Manoel também
trabalhou 25 anos como padeiro, aprendeu a profissão, mas teve que abandonar
por causa da quentura nos olhos causada pelos fornos. E antes de perder as
vistas largou a profissão.
Manoel conviveu com a namorada
durante 14 anos, tem dois filhos e criou todos eles.
“Me amasiei com minha
ex-namorada, tive dois filhos e registrei todos eles, criei com muito amor e
carinho e hoje eles estão bem e trabalhando. Todos me consideram como pai e me
dou muito bem com eles” ressaltou Manoel.
Conversando sobre Ipiaú ele
ainda afirmou que Ipiaú precisa de progresso e melhoria.
“Ipiaú precisa melhorar muita
coisa, a cidade que não tem progresso é pior que a roça, não tem indústria para
trabalhar e como o povo vai viver?” indagou Manoel.
Mesmo assim, Manoel ressaltou
que é feliz por estar vivo e contou um pouco da própria filosofia de vida.
“Me sinto bem, feliz e alegre, não tenho inimigos e também não
desejo mal a ninguém. Vivo respeitando as pessoas para ser respeitado. A gente
tem que brincar pra todos ficarem feliz, se eu conto uma piada que todos se
agradam todos irão sorrir, diferente quando contamos coisas ruins e todos ficam
moribundo e contando alegria só nos traz
saúde” concluiu Manoel.
Vicente Andrade
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