Diretamente de Brasília:
Osires Rezende
Precisamos de uma JUSTIÇA ágil,
transparente, que não deixe nenhuma margem de dúvidas.
Alguém mais sábio já disse que o silêncio
dos bons faz o mal vicejar em proporções incalculáveis, mas para não nos acusarem
de radicais vamos dar um crédito.
Vamos acreditar que a direção ou os
proprietários da emissora de rádio que está afrontando a consciência civilizada
da nossa cidade, mantendo no ar o programa de um radialista acusado de ter
invadido uma creche e agredido, na presença das crianças, uma professora, foram
ludibriados e ainda não se deram conta do infâmia que estão acobertando.
Sim. Porque invadir uma creche para
agredir ou mesmo resolver questões estranhas aos que estão trabalhando é algo
gravíssimo e tem que ser esclarecido com a máxima transparência, e só pode ser
debitado a um doente, um tarado depravado, a um rufião boçal ou a um bandido de
alta periculosidade que se acha acima e que pode manipular a lei dos homens,
portanto nos três casos incapacitado de exercer a nobre profissão de Jornalista formador de opinião. Em sendo um doente é necessário que a emissora providencie
o seu tratamento médico, em sendo um rufião que procure o seu lugar nos
lupanares de baixa extração, em sendo bandido que se aplique os rigores da lei.
E se o radialista for inocente? Bem, é
por isso que precisamos de uma JUSTIÇA ágil, transparente que não deixe margem
de dúvidas. O fato existiu, além da crônica da doutora Elis Matos no blog BOTE
FÉ, uma outra jornalista, Neide Pereira, na segunda feira 20/11 o noticiou, e
sou informado que o radialista usa seu programa para bravatear, desafiar os
pais das crianças e posar de bom moço, não é esta a instância para ele se
defender, se isto for verdade, e se pode comprovar requisitando os áudios do
programa, ele está tripudiando sobre a justiça e manipulando a opinião pública,
isto é uma infâmia que não contribui em nada para a cidade, é por isso a
direção da emissora e o Ministério Publico devem satisfações à sociedade.
Fica implícito que este pequeno crédito,
para além da direção e proprietários da referida emissora, se estende aos
agentes públicos, sejam políticos, prefeita, vice-prefeita, vereadores, sejam
funcionários de carreira do Ministério Público, delegado de polícia, promotor,
juiz de direito e assemelhados. À direção e proprietários da emissora compete
espontaneamente, obedecendo princípios éticos, retirar o programa do ar ou
substituir o apresentador, em não cumprindo esta obrigação moral, compete ao
Ministério Público agir na forma da lei.
O que não é aceitável é se omitirem
diante da corajosa e brilhante denúncia feita pela Doutora Elis Matos e o Blog
BOTE FÉ, porque aí todos estes agentes estarão sendo coniventes com o mal e só
resta à cidadania se mobilizar para denunciar e levar às barras dos tribunais a
direção e os proprietários da emissora, pois isto se configura como um
crime, e os agentes públicos, pois a omissão deles se configura como
prevaricação.
Tudo isto é muito triste, é preciso dar
um basta definitivo a essa cultura do cinismo e da violência, a sociedade não
pode se intimidar se os agentes públicos da província não se compenetram dos
seus deveres, AINDA HÁ JUSTIÇA EM OUTRAS INSTÂNCIAS.
Osires Rezende
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