Se todo cidadão brasileiro opinasse nas obras de qualificação ou benefício do próprio bairro ou cidade onde mora, com certeza, o Brasil seria outro e não viveria a barbárie que está submetido.
Em se tratando disso, a cidade de Ipiaú não seria diferente. Na tarde dessa última quarta-feira (18), o Blog Vicente Andrade atendeu ao chamado dos moradores do Bairro Popular, da rua Roberto de Moraes, para externar a qualidade da obra que está sendo realizada há três semanas na localidade.
Apesar de estarem muito satisfeito por ver que sua rua está, finalmente, recebendo o calçamento tão desejado, os moradores questionam a forma como isso está sendo feito. Por exemplo, o calçamento será executado antes do sistema de esgoto. Quando for necessário implantar a tubulação para o serviço de saneamento, todo o calçamento precisará ser quebrado e removido.
Uma outra reclamação é que a rua não foi preparada para isso, não passaram o trator para corrigir as imperfeições, a ideia é cobrir os buracos com argila e passar o cimento por cima. Deste modo, “o calçamento não resistirá a uma chuva forte”, explicou Almir Carvalho, morador da rua Roberto de Moraes. Ele explica que “era necessário passar a máquina para nivelar a rua, fazer o trabalho do esgotamento sanitário para depois se pensar no calçamento.”
Outro morado local, o pedreiro Noel dos Santos, frisou que está “achando a iniciativa do calçamento maravilhosa, mas o trabalho que está sendo feito está uma porcaria pois o trabalho está sendo feito para durar. Eu nunca vi cimento pegar em cima de barro”. Concluiu.
O esgotamento Sanitário
Norma
Alves, mora há 28 anos na rua Roberto Moraes, ela explicou que, durante o período
eleitoral a prefeita garantiu que iria calçar a rua e construir a rede de
esgoto. “Quando a prefeita veio pedir votos, ela garantiu que iria colocar a
rede de esgoto e o calçamento. Ela está cumprindo uma parte da promessa, mas
está faltando a rede de esgoto. Não está sendo feito na ordem correta e sabemos
que daqui a seis meses vai estar tudo destruído” frisou.
Os
moradores entrevistados para esta reportagem moram naquela rua há quase trinta
anos – alguns há mais tempo – e sofrem com a falta do sistema de esgoto. Por
iniciativa da própria comunidade, um esgotamento foi improvisado com canos de
PVC comprados pelos próprios moradores.
“Entendemos
que a prefeita é uma pessoa ocupada, mas ela não pode simplesmente delegar sem
fiscalizar o que está acontecendo. Gostaríamos muito que ela ouvisse as nossas
reivindicações”, ressaltou Norma.
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