Educação e Cultura uma saída para o desenvolvimento


Meu  caro amigo leitor, antes de qualquer coisa quero contar para você que acredito na educação e cultura como um dos principais pilares a serem trabalhados para que possamos proporcionar as transformações sociais para a nossa cidade.
E aqui quero compartilhar um pouco das atividades que pude desenvolver durante este corrente ano estando frente ao conselho municipal de cultura do município, representando  o setor do audiovisual. 
Antes de qualquer coisa, quero dizer que não é fácil lidar com as dificuldades encontradas pelo caminho, mas o melhor é poder olhar para trás e visualizar um pouco do que foi feito, com a fibra e a coragem.
Pois então, como falei no primeiro parágrafo sobre acreditar na cultura e educação como um pilar importante sempre defendi a necessidade de se criar núcleos culturais nos bairros populares da cidade, implantar bibliotecas, sala de computação, aula de música, artesanato, teatro, dança, cinema popular e tudo que engloba a nossa cultura local para oportunizar espaços e identificar os jovens e velhos talentos que temos escondidos em nossa querida Ipiaú. Acredito que teremos um bom resultado caso projetos de políticas públicas culturais fossem trabalhadas para garantir alternativas as nossas crianças e comunidade no geral.
Sempre lutei por isso dentro e fora do conselho, mas ainda existem barreiras a serem quebradas nas instituições. A quebra de barreiras ficará para um próximo relato.

O jornalismo, a educação e a cultura pode oferecer resultados propícios para trabalhar com o incentivo a leitura e a escrita dos estudantes, além é claro, de abrir caminhos para novas práticas pedagógicas. Posso citar este exemplo porque venho aplicando gratuitamente oficinas de jornalismo e produção de conteúdo em algumas escolas públicas sendo elas,  Ângelo Jaqueira, Celestina, Colégio Modelo e por último na Universidade Estadual da Bahia (UNEB). Ao todo foram mais de 10 oficinas e os resultados foram incríveis e pude perceber um pouco da importância da interdisciplinaridade nas escolas para atrair os estudantes para a sala de aula, uma vez que, a evasão escolar está em alta no nosso município. 
Dando seguimento, tenho a convicção que devemos trabalhar a cultura nos bairros populares de Ipiaú, por outro lado,  o poder público parece não ter interesse em promover cultura para os cidadãos. E sempre defendi a necessidade de abrir espaços para da acessibilidade às camadas sociais excluídas de direitos, cultura é um direito essencial para o ser humano. Neste contexto criei o Movimento Cultura em Cima da Hora como uma alternativa de fazer cultura, pois, os “eventos culturais” de “parceiros” da prefeitura só fazem eventos no centro da cidade. Daí a necessidade de se criar uma alternativa.
Nesta caminhada foram realizados cinco edições do movimento Cultura em cima da hora, o primeiro na praça Rui Barbosa, o segundo na escadaria do ginásio de esportes,o terceiro no Bairro Novo, o quarto na Avenida São Salvador e o quinto, no Conjunto Habitacional ACM.  O Movimento tem o intuito de promover a cultura e reconhecer os artistas locais e assim foi feito, conseguimos identificar jovens artistas, cantores, dançarinos e músicos. Válido mencionar que por onde o movimento passou conseguiu atrair as crianças e revelar futuros talentos promissores. Além disso, a ideia foi promover diálogo para a identificar as demandas de cada comunidade. Vale lembrar também que estes eventos foram realizados graças a colaboração de alguns comerciantes da cidade, dos artistas e moradores locais. Não obtivemos apoio do  poder público municipal. Em outra ocasião irei falar sobre isso.
Neste mesmo sentido, junto com alguns companheiros do conselho, foi realizada a primeira escuta artística de Ipiaú, onde contamos com  a presença da advogada Bruna Setenta para esclarecer um pouco do papel do conselho municipal de cultura. Um evento importante marcado pelo teor da discussão.
Além disso, também contribui com a  realização do primeiro torneio interno de Xadrez do Colégio Ângelo Jaqueira juntamente com o professor David Benevides e Gilmar santos.  Fui um dos organizadores do Movimento Raízes-Afro, realizado neste último sábado, na praça do Cinquentenário. 
Estes foram algumas das atividades que já realizei ao longo deste período. Existem vários outros trabalhos mas deixarei para os próximos textos. E para encerrar este artigo, quero mencionar para você que durante a última reunião do conselho municipal de cultura, realizada no dia 16 de janeiro, pedir para que o secretário registrasse em Ata a ideia de que ⅓ do salário dos vereadores fosse destinado para o fundo municipal de cultura. Também explicarei este assunto posteriormente.

Então meu caro amigo,  todos esses projetos foram feitos gratuitamente e não tive nenhum apoio do poder público. Quem sabe um dia a comunidade tende a acordar para a enganação. Se você chegou até aqui, quero agradecer a sua atenção e dizer que ainda acredito na verdadeira mudança social do nosso município e para isso precisamos nos unir, cobrar e fomentar novas saídas para uma possível mudança. Desde já, grato e um forte abraço. 

Vicente Andrade!


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